ARMAZENE - Associação Brasileira de Armazenamento de Energia

''A evolução do setor elétrico sob a ótica do regulador'', por Sandoval Feitosa

Atlas Renewable Energy/Hydro REIN

Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa publicou esta semana em suas redes sociais um texto sobre o crescimento da matriz elétrica brasileira, com alguns comparativos abrangendo as últimas duas décadas. Acompanhe a seguir:

Essa foto é da usina fotovoltaica Boa Sorte, em Paracatu (MG). Quando a fiscalização da ANEEL autorizou, na semana passada, o início da operação comercial da UFV Boa Sorte I, a matriz elétrica brasileira alcançou os 200 GW de capacidade instalada. Isso é mais que um número simbólico: ele é retrato de uma transformação. Desde 2005, quando ingressei na ANEEL como servidor público de carreira, tenho a oportunidade de testemunhar a evolução do setor elétrico sob a ótica do regulador. Vamos a alguns dados.

Nesse ano de 2005, o Brasil somava pouco mais de 90 GW de capacidade instalada, praticamente sem a presença de fontes eólica e solar na matriz. Em menos de 20 anos, graças a políticas públicas acertadas e aliadas a uma regulação técnica e transparente, a matriz mais do que dobrou de tamanho, e as fontes renováveis respondem por mais de 80% desses 200 GW.

Hoje a fonte eólica representa 30 GW desses 200 GW, o que coloca o Brasil entre os líderes mundiais nessa fonte. Já as usinas fotovoltaicas centralizadas somam 12 GW de potência instalada, o que supera a grandiosidade da usina de Belo Monte. E aqui aproveito para fazer um recorte: devido à organização do sistema elétrico brasileiro, a soma da capacidade instalada no País - agora em 200 GW - não inclui o montante de 28 GW de micro e minigeração distribuída. São duas usinas de Itaipu instaladas nos lares e negócios brasileiros que estão gerando sua própria energia elétrica.

Mais do que a atual representatividade das fontes renováveis, impressiona a velocidade com que elas avançam ano a ano. Entre 2021 e 2023, as usinas eólicas e solares responderam por 75% dos 25,9 GW que entraram em operação comercial. A isso soma-se outro dado: apenas em 2023, a expansão total foi de 10,3 GW - a maior já registrada desde 1997, quando a ANEEL iniciou suas atividades. E a Agência prevê um crescimento de 10 GW em 2024.

Mais dados como esses estão no Ralie: https://lnkd.in/dYuQtn_w

Esses números refletem o compromisso do Brasil com a transição energética global, promovendo o desenvolvimento econômico e social com menores emissões de carbono e maior participação de fontes limpas e renováveis. Juntos, estamos construindo um futuro mais brilhante e sustentável para todos!


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